terça-feira, 26 de junho de 2012

O Amor...

Não adianta, mudam-se as cores do inverno, os sorrisos, as páginas das revistas, as dez mais bonitas. Mudam-se as tecnologias, as manchetes, o preço do pão, o jeito como você corta o cabelo. Mudam-se os sonhos, o clima lá fora, o tom do batom, a decoração, o que você espera de si mesma. Tudo muda o tempo todo, mais uma coisa não muda, não sai de moda, não fica velho e nem ultrapassado. Quer saber? Acho amar a coisa mais eterna que existe. Não há nada mais moderno, mais ousado – e mais antigo – que isso. Em um tempo onde as pessoas mal têm tempo, amar virou coisa de gente corajosa, porque é preciso muito peito e muito jogo de cintura para seguir o que temos de mais criativo: o coração.
É o amor que nos faz ver o mundo de um jeito mais belo. E é o amor e só ele que nos traz o valor exato das coisas simples. E você não precisa necessariamente amar uma pessoa. O amor é democrático. Você pode – e deve – amar a si mesmo e ao mesmo tempo amar alguém, essa sim é a melhor combinação! E também amar a vida. Amar um projeto. Um trabalho. Um sonho. Ou – porque não? – simplesmente amar o amor. Todo amor vale a pena, eu acredito. O mundo não está  triste só por causa das  guerras, do super aquecimento global, as pessoas se escondem  atrás das tecnologias e de um falso liberalismo para camuflar seus medos, para enganar seus desejos. Ah, me desculpem, mas no fundo todo mundo quer mais é se apaixonar! Mentira minha? Duvido. Todo mundo quer amar,  ser amado, encontrar alguém especial, todo mundo quer se livrar do medo que impede de andar de mãos dadas. É certo que há quem prefira o morno, os relacionamentos superficiais, as noites vazias. Relacionamentos trazem tantos problemas e alegrias quanto estar só. Mais tenho a impressão de que todos nós temos um leve romantismo escondido, um desejo real pelo amor, uma necessidade de amar e ser amado sem a qual a vida não teria graça, ou então não haveria tantos poetas, tantas canções bonitas e tanta insônia por aí.
Será que amar é mesmo tudo? se fosse um tempo atrás eu não saberia responder. Mas, hoje, cheguei a uma breve conclusão: não, amar não é tudo. É quase tudo. O primeiro passo. Amar é o começo. O primeiro parágrafo. A primeira nota. É o que canta e encanta. Amar é que nos faz falar. É o que nos faz acordar. É o que nos faz dizer “Bom dia” com o sorriso mais livre do mundo. Tirei a sorte grande quando conheci o amor da minha vida. Mas, amor não é apenas sorte. Não pensem também que amor é a solução pra todos os nossos problemas. Não. Amor não é solução. Amor é prêmio. Recompensa feliz para quem – afinal de contas – conseguiu manter-se fiel a si mesmo. Acho o AMOR o exercício mais radical que podemos fazer.

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