quinta-feira, 21 de abril de 2011

Difícil.


Largar todos aqueles brinquedos da infância para aprendermos a ter a responsabilidade de um adulto, como é difícil deixar de lado toda aquela vestimenta que um dia nos agradou porque já não nos cabe mais e o crescimento nos possibilitou isso. Como é difícil entupir a memória de recordações felizes  com amigos, que hoje são meros conhecidos por simples falta de convívio e cultivo, assim sentimos a necessidade de fazer novos amigos. Como é difícil abrir mão dos nossos desejos e vontades para dar adeus ao individualismo e construirmos relações afetivas sólidas, como é difícil abandonar os passos daqueles que nos ensinou a caminhar para que pudéssemos caminhar com os nossos próprios pés. Como é difícil selar relações  amorosas de dias, meses, anos  em que apenas segundos os destrói por motivo aparentemente mais forte que o amor. Como é difícil ter que ficar com o plano B porque o plano A que você muito queria não deu certo. Como é difícil querer um mundo melhor, se este é cercado de pessoas frias, egoístas, gananciosas que só são capazes de mudar a si mesmo.
Como é difícil aceitar o difícil.

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