terça-feira, 2 de outubro de 2012

Orgulho Feminino


Eu acho que ser mulher é a coisa mais bacana que existe, nós somos complexas, levemente malucas, fofas, temos obsessões por coisas que só nós entendemos, morremos de frio quando a temperatura desce míseros graus e viramos onça quando preciso. Somos na verdade seres completamente hormonais e emocionais. Nós inventamos a doçura (sabia?) e gostamos de criar (e recriar) por natureza. Eu tenho ORGULHO de ser mulher. Mas, existem coisas que me fazem realmente ter inveja dos homens. ACREDITAM?
Primeiro, a facilidade deles em usar qualquer banheiro ou fazer de qualquer coisa um banheiro. Depois, a tal SOLIDARIEDADE MASCULINA, é bem aí que quero chegar. Parece haver um código de conduta entre os rapazes, um acordo de auto-preservação, uma espécie de pacto incondicional, que nasce com os homens junto com o “dito-cujo” e onde nenhum Clube da Luluzinha entra, como eu admiro os homens por isso! Olho para os tantos segredos que eles guardam de nós e penso: meninas, porque isso não acontece com a gente? Bom, deixe-me explicar. Com as mulheres, a coisa é bem diferente, nós temos umas poucas - e fiéis - amigas pelas quais matamos e morremos. De resto, é horrível generalizar: mas as mulheres conseguem ser BEM desleais quando querem, é invejosas, criadoras de intrigas, verdadeiras cobras (bem-vestidas e cuidadosamente maquiadas). Eu me considero uma fiel defensora da ala feminina, mais tenho que admitir que nesse aspecto os homens dão um banho na gente, eles são muito mais cúmplices uns dos outros, mais companheiros. Meninas, vamos mudar esse quadro? Isso está ficando feio demais para nós, eu acho lindo quando pergunto para alguns homens assuntos que não me dizem respeito e eles não me respondem de jeito nenhum. (Se o mesmo acontecesse com as mulheres, sei que elas contariam tudo para os moços). Talvez seja esse o mal feminino: nós adoramos FALAR, sentimos que estamos sendo sinceras, conectadas com a verdade mesmo que a lealdade com as outras mulheres seja posta à prova.
Acho que chegamos ao X da questão: nós talvez não tenhamos a mesma solidariedade masculina por um fator meramente cultural, desde nossas tataravós somos condicionadas a colocar os homens (pai/irmão/marido/namorado) em primeiro lugar. Estamos numa era tecnológica, vivemos numa modernidade inacreditável, lutamos pelo direito da igualdade, temos uma presidente mulher no poder e continuamos por dentro de tudo. O espartilho não nos deixa mais sem ar, mas a sociedade, sim e apesar de nos mostrarmos liberais e independentes, continuamos medindo nossos valores com o fato de termos – ou não – um bom marido ou namorado. Olha QUE MODERNO! Eu não estava falando sobre a solidariedade feminina? Parece que quando os homens entram no meio as mulheres se esquecem do que a gente SEMPRE deveria se lembrar: do feminino e o feminino que mora em mim é o mesmo que mora em todas as mulheres e que está aí, perdido desde os tempos em que as mulheres se juntavam e dançavam em volta das fogueiras. ENTENDERAM? Por isso aí vai o meu pedido (que não vai ser fácil nem pra mim, nem pra mulher alguma): vamos pegar o exemplo dos homens e com isso SERMOS MAIS MULHERES, mais unidas, mais amigas. Colocando o feminino (o nosso feminino) em primeiro lugar.

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