Percebo
que hoje em dia as pessoas estão muito exigentes em relação ao amor.
Qualquer passo em falso: Adeus! Não aceitam erros alheios. Não
aceitam qualidades no outro que para si sejam defeitos. Querem que
todos estejam conectados com suas expectativas, que estão altíssimas e
não param de crescer. O que é possível, não os interessa.
Almejam o perfeito. O irreal. O ilusório. Querem sempre o melhor,
mesmo que o “melhor” não se adéque à sua vida.
Vivem – na verdade - na era da Intolerância. Do imediatismo. Da
falta de paciência. Seja com downloads lentos, celulares fora de
serviço ou pessoas que não seguem o seu ritmo.
No
meio do caos esquecem o essencial: para se relacionar é preciso
tempo, tolerância e uma boa dose de bom senso. Não, pessoas não são
descartáveis. Não existe manual, nem informações no rótulo. Quer saber?
Todo mundo tem lá seus “defeitos”, mas nessas horas não existe “loja
autorizada”, nem garantia. No máximo, uma terapia ou um bom ombro amigo
pra se reajustar.
Agora,
minha pergunta: porque andam assim tão exigentes? Será culpa da
tecnologia e sua crescente evolução? Será falta de auto-conhecimento e
amor próprio? Será que no fundo tem medo de amar e viver com situações que nunca vão dar em nada?
Pode ser um pouco de cada coisa. Outro dia vi uma frase interessante: "O dilema
da mulher moderna é saber ao certo o que ela procura. Porque se ela
procurar vai achar!" Achei de uma sabedoria incrível e pensei: ao dizer
isso muita gente vai criticar, mais pense comigo: será que
esta de fato errada?
Não vamos colocar a culpa no outro, se as coisas não estão dando certo você
tem grande responsabilidade sobre elas. Não é para começar com
discursos de que querem viver o amor, quando na verdade só atraem
pessoas problemáticas, instáveis e avessas a compromisso. Se isso
acontece uma vez ou outra, tudo bem. Do azar no amor ninguém foge mais
se o padrão prevalece então está na hora de rever seus conceitos. A
pessoas acham o que – na verdade - procura. Se encontram pessoas (e
amores) que só trazem infelicidade, angústia e ansiedade, o melhor a
fazer é voltar para dentro e repensar quem você é e o que
realmente quer.
Eu não sou psicóloga, nem dona de nenhuma verdade. Adoro lugar comum,
gosto de escrever sobre o que meu coração dita. Sei que ninguém gosta de
aceitar suas culpas, muito menos admitir quando faz escolhas erradas.
Mas, se você se permitir descobrir... Quem sabe durante muitos anos você não se fechou e aceitou que os seus medos de assustasse. Fugir do amor com medo de perder sua
liberdade ou com medo de perceber que ter um relacionamento não traz
garantia nenhuma de felicidade. (Adeus sonhos de adolescente!).Agora
eu vejo que viver o amor nada mais é do que conhecer a si mesmo
profundamente e entender quem a gente é, o que nos faz bem e até onde abrimos mão do pensamento individual para pensar juntos, como companheiros. Portanto,
antes de colocar a culpa da sua vida amorosa no outro, no destino, em
alguma falta de sorte ou em qualquer lugar fora de você, PENSE BEM e reveja seus conceitos e se está preparada pra viver em um relacionamento de verdade e não em paixões que vem e vai.
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